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v. 7 n. 12 (2024): Teatro Documentário
Capa do Dossiê Teatro Documentário da revista Ephemera

Nas últimas duas décadas foi possível observar, tanto regionalmente na América Latina como em muitas partes do mundo, um crescimento exponencial de espetáculos e experimentos cênicos que podem ser incluídos no amplo espectro do teatro documentário. Tratou-se de uma espécie de ressurgimento, ou de nova fase, já que este tipo de teatro parece ter perdido visibilidade, ou pelo menos, centralidade no campo teatral durante certo tempo. Em princípio, há um consenso crítico de que as práticas  mais recentes se diferenciam sensivelmente das experiências anteriores, indicando uma história caracterizada pela descontinuidade, na qual, grosso modo, pode-se reconhecer dois modelos diferenciados: um teatro documentário que pode ser chamado de canônico – cuja primeira figura de destaque é certamente Erwin Piscator, que tem em Peter Weiss um de seus maiores realizadores/formuladores e que abrange também algumas das experimentações mais ousadas de Augusto Boal; e as recentes práticas que vem sendo abordadas sob o termo novo teatro documentário – um campo em que a presença de não atores, as novas possibilidades do audiovisual e a colocação da representação em uma espécie de estado de liminaridade o aproxima dos chamados teatros do real, em que a emergência do real em cena é a tônica. Ambos os modelos ainda se encontram vivos em práticas tão distintas quanto o biodrama, o teatro de tribunal, teatro de verbatim ou o teatro épico-dialético de cunho documental.

Publicado: 2024-05-17

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