LYGIA CLARK NA SOLIDÃO DA FRONTEIRA ENTRE A ARTE, A PSICANÁLISE E A FILOSOFIA

  • Francisco Romão Ferreira
  • Larissa Escarce Bento Wollz

Resumo

Este texto trata da transdisciplinaridade e sua relação nos trabalhos de Lygia Clark, artista que atua em diversos campos do conhecimento e cria abordagens e pontos de contato entre saberes aparentemente independentes. Lygia parece estar preocupada não só com a história da arte, mas principalmente com os limites (ou ausência de limites) do campo da arte e com o sentido da existência humana. Seus trabalhos atuam na fronteira entre vários saberes e, a partir deles, podemos perceber os vestígios dos discursos da arte, da ciência e da filosofia se encontrando em suas obras. Essa opção implica alguns momentos de solidão, em que ela já não se localiza totalmente no campo da arte, e ao mesmo tempo não habita totalmente a psicanálise. É o que chamamos de “solidão da fronteira”, típica de quem questiona o conhecimento estabelecido.

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Referências

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Publicado
2017-04-11
Seção
Artigos