Sobre o horror em Goya:

Caprichos e Desastres da guerra

  • Jason de Lima e Silva Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave: Horror, Grotesco, Fantástico, Goya

Resumo

Francisco de Goya é um artista cuja obra tem inquietado uma geração de poetas e pensadores. A série de gravuras, no entanto, inaugurada pelos Caprichos em 1799, representa uma guinada fundamental no percurso estético de Goya. Com base no conceito de horror, circunscrito pelas noções de fantástico e grotesco segundo a figura do monstro, penso ser possível não apenas compreender uma parte decisiva de sua obra, mas levantar algumas questões: não estaria o juízo de gosto, na arte deste aragonês, mais próximo de um desprazer interessado do que de um prazer desinteressado? Ou, neste caso, restaria apenas o riso do cômico e o deleite do abjeto? E se o prazer estético se encontrar interditado na representação pela experiência impactante do horror, haveria ainda obra de arte propriamente dita? Por fim: como e por que muitas dessas imagens não agradáveis de Goya produzem um efeito que compromete seu espectador? São alguns problemas que pretendo colocar neste artigo.

palavras-chave: horror, grotesco, fantástico

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Biografia do Autor

Jason de Lima e Silva, Universidade Federal de Santa Catarina
Graduação em Direito (UFSC), mestrado e doutourado em Filosofia (PUCRS), professor de Filosofia do Centro de Ciências da Educação (UFSC). Líder do grupo de pesquisa vinculado ao diretório do CNPq Filosofia, arte e educação.

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Publicado
2018-08-10
Seção
Filosofia e arte