Mau gosto em primeira pessoa.

Um diálogo com Nietzsche e Adorno

  • Verlaine Freitas
Palavras-chave: Mau gosto, Nietzsche, Perniola, Adorno, cultura de massa

Resumo

O objetivo do texto é fornecer uma leitura do conceito de mau gosto, considerando especialmente a problemática de sua aplicação em primeira pessoa. Focalizamos inicialmente a perspectiva de Nietzsche sobre o mau gosto, particularmente através da leitura de Mário Perniola. Na segunda parte, vemos como Theodor Adorno nega a pertinência do conceito de gosto para a atitude do consumidor de música massificada. Na última parte, apresentamos nossa concepção do mau gosto a partir do conceito de mediação reflexiva e inconsciente dos diversos níveis de prazer envolvidos no juízo estético.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, Theodor. Wiesengrund. “Anmerkungen über deutsches Musikleben”. In: Gesammelte Schriften, vol.17, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.167-188.

ADORNO, Theodor. “Beitrage zur Ideologienlehre”. In: Gesammelte Schriften, vol.8, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp. 457-77.

ADORNO, Theodor. “Einleitung in die Musiksoziologie”. In: Gesammelte Schriften, vol.14, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.169-433.

ADORNO, Theodor. “Freizeit”. In: Gesammelte Schriften, vol.10.2, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp. 645-55.

ADORNO, Theodor. Minima moralia.In:Gesammelte Schriften, vol.4, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997.

ADORNO, Theodor. “Reflexionen zur Klassentheorie”. In: Gesammelte Schriften, vol.8, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.373-91.

ADORNO, Theodor. “Sobre música popular”. Tradução de Flávio R. Kothe. In: Theodor W. Adorno(Coleção Sociologia).São Paulo: Ed. Ática, 1986, pp.115-146.

ADORNO, Theodor. “Über den Fetischcharakter in der Musik und die Regression des Hörens”. In: Gesammelte Schriften, vol.14, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997,pp.14-50.

ADORNO, Theodor. “Über Jazz”. In: Gesammelte Schriften, vol.17, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.74-108.

ADORNO, Theodor. “Valérys Abweichungen”.In:Noten zur LiteraturII.Gesammelte Schriften, vol.11, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.158-202.

ADORNO, Theodor. “Zum Verhältnis von Soziologie und Psychologie”. In: Gesammelte Schriften, vol.8, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997, pp.42-85.

ADORNO, Theodor Wiesengrund & HORKHEIMER, Max. Dialektik der Aufklärung. In: ADORNO, Theodor Wiesengrund. Gesammelte Schriften, vol.3, Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1997.

DENORA,Tia. After Adorno: Rethinking Music Sociology. Cambridge and New York:Cambridge University Press, 2003.

DERRIDA,Jacques.“Economimesis”. Tradução de R. Klein. Diacritics, Vol.11, número 2, 1981, pp.3-25.

GRACYK,Theodore.“Adorno, Jazz, and the Aesthetics of Popular Music”. The musical Quarterly. Vol.76, número 4, 1992, pp. 526-42.

HONNETH, Axel. Critic of Power. Tradução de Kenneth Baynes. Cambridge: The MIT Press, 1993.

LAPLANCHE, Jean & PONTALIS, Jean-Batiste. Vocabulário da psicanálise. Tradução de Pedro Tamen. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

MARKUS, György.“Adorno and Mass Culture: Autonomous Art Against the Culture Industry”. Thesis Eleven,2006, pp.67-86.

MOORE, Allan F. (ed.). Analyzing Popular Music. Cambridge and New York: Cambridge University Press, 2003.

NIETZSCHE, Friedrich W. “Die Fröliche Wissenschaft”. In: COLLI, Giorgio & MONTINARI, Mazzino (Eds.) Friedrich Nietzsche. Kritische Studienausgabe. Vol.3. Berlin: Walter de Gruyter, 1999, pp.343-651.

NIETZSCHE, Friedrich W. “Menscliches, Allzumenschliches”. In: COLLI, Giorgio & MONTINARI, Mazzino (Eds.) Friedrich Nietzsche. Kritische Studienausgabe. Vol.2. Berlin: Walter de Gruyter, 1999, pp.9-704.

PADDISON, Max. “The critique criticised: Adorno and popular music”. Popular Music, vol.2, Theory and Method. Cambridge: Cambridge University Press, 1982, pp.201-18.

PERNIOLA,Mario.Desgostos. Novas tendências estéticas. Tradução de Davi Pessoa Carneiro. Florianópolis: Ed. UFSC, 2010.

SCRUTON,Roger.Beauty. Oxford: OxfordUniversity Press, 2009.

WALL,TIM.Studying Popular Music Culture. London: Arnold, 2003.

WITKIN, Robert W. Adorno on Popular Culture. London e New York: Routledge, 2003.

Publicado
2017-04-20
Seção
Arte e sociedade